NASCIMENTO DA OBRA
Em 1945, precisamente na casa onde se tinha realizado o retiro atrás mencionado, na Paróquia de Sande, S. Clemente – Guimarães – nasceu a Obra da Divina Providência e Sagrada Família com uma tríplice finalidade:
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Acolher as jovens e senhoras que tiveram de deixar as Congregações a que pertenciam e as que desejavam ser religiosas e se viam impedidas de o ser nas congregações então existentes;
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Resguardar adolescentes e jovens da exploração sexual e do materialismo então galopante;
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Ser a 2ª família de todas, no sentido mais profundo do termo.
Pouco tempo depois surgiu, em anexo à mesma Obra, umInternato, com a finalidade de acolher meninas órfãs e desamparadas. Estas: frequentavam a escola da Freguesia; aprendiam lavores: cozinha, costura, bordados, higiene e decoração da casa.
O rápido crescimento do número de Membros da Obra trouxe consigo a necessidade e urgência do Fundador encontrar uma pessoa que com ele colaborasse na organização do dia-a-dia e na formação mais sistemática, uma vez que ele próprio tinha as suas responsabilidades pastorais a nível diocesano, as quais nunca deixou. Mais uma vez a Divina Providência, Deus nos seus cuidados paternais, colocou-lhe no caminho Maria Rosa Campos, natural da Póvoa de Varzim, precisamente uma senhora que não fizera a profissão religiosa, bastantes anos atrás, porque adoecera antes da profissão e foi aconselhada a deixar a respectiva Congregação. A sua entrada na Obra da Divina Providência e Sagrada Família aconteceu a 26 de Outubro de 1945, ficando a ser essa a data celebrada como data da fundação.
Os Membros da Obra asseguravam a sua própria subsistência através: do cultivo da quinta, adquirida juntamente com a casa; da tecelagem; da venda de objectos religiosos; do acolhimento de Grupos da Acção Católica que faziam retiros lá na Casa Mãe. Além disso, as próprias famílias faziam as suas ofertas, em dinheiro ou géneros e os Membros da Obra deslocavam-se às Paróquias a pedir ajuda.
Maria Rosa Campos teve um papel fundamental, não só na Obra e sua expansão, como na passagem daquela a Congregação. Hoje é tratada, com toda a justiça, como Co-fundadora.
Em 1948, teve inicio a expansão da Obra. Os primeiros Membros, acompanhados pela
Co-fundadora, a convite do Sr. Arcebispo Primaz de Braga – D. António Bento Martins
Júnior - começaram a prestar os seus serviços no então Seminário de Santiago. A partir desse momento as solicitações multiplicaram-se e os Membros começaram a expandir-se por todo o Portugal, em diversas e diferentes Instituições: hospitais, residências académicas, casas de acolhimento de crianças, casas episcopais, seminários e outras.